segunda-feira, 30 de junho de 2008

PONTO ALTO DO DIA:

imperial

TARDE PASSADA NUMA TASCA A BEBER

 IMPERIAIS

E A

CONVERSAR

COM A DIANE DEBAIXO DE UM CALORÃO. :):)

Beijos e Abraços

domingo, 29 de junho de 2008

SÁBADO

Acordei e fiz o normal. Fui comprar uma cebola, um tomate e quatro pêssegos ao talho, sim ao talho. Depois fui ver o mercado municipal, fui ver o que havia no supermercado, fui passear ao largo e depois para o café comer uma tosta. Aquele que falei ontem que tinha sido remodelado. Aí fui informado pelo dono de que aquilo não tinha sido obra saída da cabeça dele. Foi tudo imaginado por um designer!!! LOL

Fui à Baiona comprar a sandes para levar para a praia e não me esqueci do bolo de torresmo que como sempre à beira-mar assim que chego à praia. Como à beira-mar para poder deitar fora, disfarçadamente, todos os torresmos que vou encontrando pelo pão afora. Odeio os torresmos, mas adoro a massa do bolo. Estes daqui são diferentes. São doces.

Na praia também foi tudo igual. Banho, passeio, sol, livro, banho, passeio,... Tanto repeti isto que me cansei. Ora, tive que dormir na praia. Acordei às 8, vim para casa, jantei e depois saí. Tinha ouvido dizer que iria haver marchas populares. Lá fui eu. Encontrei um casal do Porto com os filhos  que são amigos de praia do Gongom e da Maria que me informaram que as marchas já tinham acabado. O que restava? Muita coisa! Música pimba e gente a dançar toda entusiasmada. Eles foram para casa deitar os miúdos e eu lá fiquei a ver aquilo. Quando reparo bem, enquanto circulava pelo espaço, avisto uma mesa comprida com bolos, sumos e sei lá mais o quê. Mais acima descobri o ouro. Um grelhador, com um monte de sardinhas em cima e ao lado umas grades de cerveja. Depois de olhar bem para aquilo descobri que era tudo à borla. Nem pensei três vezes. Fui ao cesto do pão, meti-me ao lado do grelhador e fui tirando e comendo sardinhas. Às 11 da noite! Comi cinco. Quanto às cervejas, tirava da grade e, como não havia abre-garrafas (agora não me lembro se se diz assim, às vezes dão-me destas brancas), andava por ali a abrir num poste de electricidade. Com a primeira garrafa tudo correu bem. Da segunda vez já não posso dizer o mesmo. Tanto agitei a porra da garrafa que, quando finalmente a carica saltou, saiu cerveja em todas as direcções. Deste modo fiquei todo encharcado. Polo, casaco, calções, havaianas,... TUDO MOLHADO! Fingi que não reparei e continuei a comer e a beber como se nada se tivesse passado. Cheguei agora a casa mais cheio que uma mula e com um cheirete a sardinhas que não se pode. Sem contar com o cheiro a cerveja. Nem vou tomar banho de água fria outra vez. Que se lixe. Também vou ter de dormir em cima do colchão porque não me apeteceu trazer lençóis por isso não tem mal. Estou-me nas tintas.

BEIJOS E ABRAÇOS

sábado, 28 de junho de 2008

HOJE NÃO ME APETECE PENSAR NO TÍTULO

Ontem à noite fui com a Melocoton a Loulé ao Festival MED. Já no ano passado, tanto ela como a Ana, me tinham convidado mas eu não fui por achar que aquilo era só um concerto e eu detesto concertos. Bem, digo que detesto concertos mas nunca fui a nenhum nem me apetece ir. Então e não é que gostei do festival??? Pois que sim, gostei e já combinei ficar instalado na casa da melocoton no próximo ano durante esta altura, para poder ir sem ter que fazer aqueles km todos até casa. Decidi ir mais como pretexto para me encontrar com ela, pois já não estávamos juntos desde o ano passado. Eu gosto de estar cm ela. É diferente de mim, eu gosto e sinto-me muito bem ao contrário do que imaginei na altura em que nos conhecemos (nessa altura nutríamos um pelo outro, durante um ano inteiro, um ódio visceral).

Hoje (já passa da meia noite por isso devia dizer ontem mas não digo porque ainda não dormi) vim passar o fim-de-semana a Odeceixe. Vim sozinho. Gosto de estar aqui sozinho, embora isso não seja muito frequente acontecer. Estava um calorão enorme em Portimão. O termómetro do carro marcava 37 graus mas, como é normal, à medida que me aproximava de Odeceixe, a temperatura descia. Aqui, estavam menos 9 graus. Cheguei, meti as coisas (que arrumei hoje de manhã à pressa) em casa, e fui directo para o meu cafezinho de eleição na Baiona tomar café, comprar uma fatia de bolo de iogurte para levar para a praia, uma sandes de queijo e uma garrafa de água. Esqueci-me de comprar o bolo de torresmo. Só dei conta quando cheguei à praia. Ia morrendo de desgosto.

Praia_de_Odeceixe

Que faço eu na praia uma tarde inteira sozinho? Um monte de coisas! Deito-me a apanhar sol, levanto-me, vou tomar banho, passeio, volto para a toalha,  volto a apanhar sol, volto a levantar-me, volto a ir à água, volto a passear... Enfim, uma carga de trabalhos! Mas tenho uma novidade!!! Isso que eu acabei de descrever era o que eu sempre fazia e que me causava um desgaste por demais como é compreensível por todos. Não bastasse isso, arranjei outra coisa. Um LIVRO! Sim, leram bem, um livro! Que faço eu com um livro??? Logo eu, que nunca leio nada! Pois isso mesmo que suspeito estar-vos a passar pela cabeça: Leio! Desde há uns 15 dias que ando à procura de um para comprar, mas nem sabia muito bem o que arranjar. Ainda pensei em adquirir o "Equador", mas deu-me um receio tão grande daquilo me dar seca que resolvi perguntar à Maria o que ela achava. Achei-a a pessoa indicada para me aconselhar por me conhecer do avesso. Primeiro disse-me que sim, que eu ia gostar do equador, mas depois pensou melhor e resolveu propor-me outro: "Cem anos de solidão" do Gabriel García Márquez. Fiquei apreensivo logo. Além de não me agradar muito o título, imaginei logo uma capa horrível e, sendo a capa horrível, dificilmente eu me ia entusiasmar para lê-lo. Lá estive a descrever à Maria a capa que eu tinha imaginado, mas ela sossegou-me ao dizer que tinha dois livros com este título de editoras diferentes e que em nenhum deles a capa tinha um homem gordo com os cabelos compridos. Assim sendo resolvi desarvorar de casa hoje de manhã numa correria desgraçada à Bertrand para ver se o encontrava. Desejoso que estava que não houvesse o livro, uma vez que já tinha procurado noutros lados e não tinha encontrado. Havia. Achei a capa jeitosinha, nenhuma lindeza, mas não era de fugir. Comprei. A seguir ao primeiro banho na praia lá me aventurei na leitura. Detestei a primeira página. Já via a minha vida a andar para trás ao ler a segunda. O que valeu foi que depois lá me entusiasmei e resolvi começar a gostar. Ainda não li muito, só 36 páginas, mas tou gostando (o "tou gostando" é para lerem com sotaque brasileiro (bem sei que não tem nada a ver com o livro mas apeteceu-me e pronto), se não lerem com o devido sotaque, não gosto de vocês... inclusive, até pondero a hipótese de amuar).

Vim da praia às 8.30h, tomei banho com a água semi-fria que já é característica desta casa, fiz o jantar, jantei e saí de casa para ver as novidades. Nunca cá venho entre Agosto e Junho do ano seguinte, salvo raras (raríssimas) excepções e, neste espaço de tempo, há sempre novidades. Desta vez parecem poucas, mas não deixam de haver. A Celestinha, que tem uma casa aqui em frente à minha e que aluga quartos, tem a casa em obras. Está tudo mudado no primeiro andar. Já vi a senhora na rua mas falei com ela à pressa e por isso vou ter de voltar a falar para perceber exactamente o tipo de obras que está a fazer. O café que fica mesmo em baixo da minha casa parece outro. Todo remodelado: tectos falsos, balcão novo, paredes pintadas de cores diferentes. Mas o café tem uma novidade que eu reparei logo enquanto descarregava do carro o saco do IKEA com as coisas do fim-de-semana. Na esplanada há um tapete verde, a imitar relva, em cima do qual estão as cadeiras e as mesas. Fiquei siderado ao ver aquilo!!! Não sei é se o objectivo do dono terá sido alcançado com aquela aquisição, fazendo com que os clientes, distraídos como se espera que sejam, julguem encontrar-se num jardim muito verdinho, com a relva aparada como se de um campo de golfe se tratasse.

Por fim outra novidade. Esta eu já sabia porque já me tinham dito. Está cá enfiada a equipa de filmagem dos "Morangos com açúcar". A minha esperança é que as pessoas que vêem a série na TV julguem tratar-se de um cenário muito bem arquitectado pela produção. Nem posso pensar na hipótese das pessoas descobrirem isto e Odeceixe passar a fazer parte dos roteiros de férias dos Portugueses. Gosto disto assim como está.

Eu que tinha mais um monte de coisas para escrever hoje mas não o vou fazer para não tornar este post muito grande. Talvez amanhã continue.

BEIJOS E ABRAÇOS

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Bicicleta

bike

Quando eu e o Tiago eramos pequenos o meu avô ofereceu-nos uma bicicleta. Quase não havia dia em que eu não andasse a passear pela cidade toda, quinhentas vezes a passar pelos mesmos sítios com amigos, também eles nas suas. Iamos para todo o lado. Desde umas vivendas de estrangeiros semi-abandonadas que ficavam em cascos de rolha tomar banho nas piscinas até à hora em que os caseiros apareciam e que tinhamos de sair de lá numa correria, todos molhados, até à piscina da vivenda seguinte, até andarmos sem destino nenhum definido a conversar uns com os outros... O que eu gostava daquilo. Fiz isto até aos 15-16 anos, acho. Depois nunca mais andei.

Da última vez que fui ao Rio de Janeiro, vi uma série de gente a andar de bicicleta pelo calçadão entre Ipanema e Copacabana e meti logo na cabeça que havia também de alugar uma. Depois acabei por não encontrar quem alugasse naquela zona e numa noite, enquanto metia conversa com as raparigas da mesa do lado num restaurante, disseram-me que se alugavam bicicletas na Lagoa Rodrigo de Freitas. No dia seguinte de manhã já eu estava lá caído. O que eu adorei fazer aqueles 7 quilómetros à volta da Lagoa. Decidi logo!! Primeira coisa a fazer quando chegar a Portugal: comprar, com carácter de urgência, uma bicicleta. Depois acabei por não comprar logo e, no meu dia de anos, o Gongom resolveu oferecer-me o dinheiro todo que tinha das suas economias para que eu comprasse uma. AMEI. Começou depois o problema de decidir que modelo comprar, onde comprar e como a traria para casa. Depois comecei a pensar onde a arrumar. Claro que na minha casa tenho sitio para guardá-la, mas não sabia se iria continuar a morar aqui e, se noutra, teria espaço. Enfim, desculpas...

Hoje fui para a escola de boleia com o Carlos porque tinha uma vigilância de um exame. Enquanto a miúda fazia o exame eu e o colega que estava comigo na sala íamos conversando. Daí surgiu a conversa das bicicletas e eu falei que desta semana não passava sem comprar uma. Coincidência das coincidências, ele tinha uma para vender. COMPREI! Depois fomos almoçar e a seguir fomos buscá-la à casa do colega. Tirámos a roda da frente e coube no carro do Carlos que é comercial. Que fiz eu quando cheguei a casa????? Nãooooooooo, nada disso........... Não fui andar nada. Vim para aqui, para o pc, contar a novidade. LOL

Amanhã já vou montado na bicicleta para a praia e já tenho 1001 planos para o Verão. Hoje não posso andar uma vez que o calor está do piorio e estou um tudo-nada (onde se lê "tudo-nada" deverá entender-se como "um horror de") cansado.

Nota: A imagem não tem muito a ver mas, achando eu gira, é o que basta para eu a colocar. Deste modo escusam de dizer que é um cego a ser puxado por um cão e que eu não sou cego e tal e tal...

BEIJOS E ABRAÇOS

terça-feira, 24 de junho de 2008

CICLO VICIOSO

ciclo

TENHO ANDADO OCUPADÍSSIMO,

ESTANDO OCUPADÍSSIMO, FICO CANSADÍSSIMO,

SE ESTOU CANSADÍSSIMO, TEREI DE DESCANSAR

PARA DESCANSAR, NECESSITO IR PARA A PRAIA

INDO PARA A PRAIA, NÃO TRABALHO,

NÃO TRABALHANDO, AS COISAS ACUMULAM

AS COISAS ACUMULADAS, CAUSAM-ME STRESS

SOB STRESS, TRABALHO

TRABALHANDO, FICO CANSADÍSSIMO

CANSADÍSSIMO, FICO OCUPADÍSSIMO

BEIJOS E ABRAÇOS

sexta-feira, 20 de junho de 2008

CORES

100_0028

ADORO PINTAR.

ACHO QUE DESDE PEQUENO QUE GOSTO. PINTAR PAREDES, PEDRAS, QUADROS, MÓVEIS, O QUE QUER QUE SEJA.

A ÚNICA CONDIÇÃO TEM A VER COM ASAYP0786862_Veer CORES. DETESTO PINTAR COISAS COM CORES CLARINHAS. ÀS VEZES O OBJECTIVO INICIAL ATÉ É PINTAR QUALQUER COISA NUMA COR CLARA, MAS QUANDO DOU POR MIM JÁ PASSEI OUTRA TINTA POR CIMA PARA AVIVAR MAIS, PORQUE NÃO GOSTO DE VER AQUILO TUDO ESBATIDO, SEM COR.

NÃO SE PENSE QUE EU TENHO QUALQUER JEITO PARA O DESENHO OU QUE SOU ALGUM ARTISTA POR DESCOBRIR. NADA DISSO. SÓ GOSTO DE PINTAR, NÃO GOSTO DE DESENHAR (NEM SEI).

TAMBÉM FUNCIONO POR FASES. UM DIA QUALQUER ACORDO COM VONTADE DE PINTAR QUALQUER COISA. ENQUANTO NÃO ARRANJAR O QUE PINTAR NÃO DESCANSO. TÃO DEPRESSA ME VEM ESSA VONTADE, COMO SE VAI. E QUANDO PERCO A VONTADE, NEM POR UM DECRETO EU PEGO NUM PINCEL. DAÍ QUE EU PREFIRA PINTAR RÁPIDO O QUE TENHO EM MÃOS PARA NÃO SE CORRER O RISCO DE DEPOIS ME FARTAR E DEIXAR AS COISAS A MEIO. SE ISP2009725_VeerFICAR A MEIO, DIFICILMENTE VOLTO A PINTAR A MESMA COISA. TENHO O SÓTÃO DA MINHA CASA COM VÁRIAS TELAS POR ACABAR, TENHO UM MÓVEL EM CASA QUE DEIXEI INACABADO (QUEM NÃO SABE QUE ESTÁ POR ACABAR, NEM NOTA),... ACHO QUE A ÚNICA COISA QUE COMECEI, PAREI DURANTE TRÊS ANOS E RECOMECEI FOI UM QUADRO QUE PINTEI PARA O QUARTO DA MARIA. COMECEI A PINTÁ-LO AINDA ELA NEM TINHA NASCIDO E SÓ O TERMINEI JÁ ELA TINHA UNS 2 ANOS.

AYP1203010_VeerHOJE COMECEI A PINTAR UM QUADRO PARA A SALA. ESTAVA-ME A APETECER FAZÊ-LO HÁ MUITO, MAS ANDAVA SEM TEMPO. FELIZMENTE TINHA A PAREDE A PRECISAR DE UM. DETESTO QUANDO ME APETECE PINTAR QUALQUER COISA E NÃO SEI O QUÊ, NEM PARA ONDE. ODEIO, ALIÁS! DA MESMA FORMA QUE SE PRECISO DE UMA COISA PINTADA PARA QUALQUER SITIO, SE NÃO ME APETECER, NÃO FAÇO (COMO EM QUASE TUDO NA MINHA VIDA).

BEIJOS   ABRAÇOS

 

quarta-feira, 18 de junho de 2008

EXAMES

PIP0013629_Veer DVP4942349_Veer CCP0013028_Veer BLP0059803_VeerFAN2026143_Veer

Ontem levei a manhã toda e parte da tarde a fazer um exame de equivalência à frequência para uma aluna que reprovou de ano, com dois na minha disciplina. Esta aluna está pela segunda vez a repetir o mesmo ano, não é Portuguesa, tem um fraco domínio da língua e, por isso, pouco ou nada percebia do que era dado nas aulas. Ou seja estive a fazer um exame, sem qualquer adaptação de linguagem (pois a legislação não prevê casos destes) para uma aluna que não percebe Português. Por outras palavras, estive a fazer um exame que já sei, à partida, que não vai ser respondido na sua maioria e que portanto, vai conduzir a uma nova reprovação. O que é giro no meio disto tudo é que também ontem foi realizado um exame nacional de Língua Portuguesa especial para alunos cuja Língua Portuguesa não é a materna. Por um lado o ministério da educação considera que estes alunos não devem ser penalizados ao responderem a um exame igual aos restantes que apresentam a Língua Portuguesa como língua materna, por outro lado, não assegura que sejam feitas o mesmo tipo de adaptações quando estes realizam provas de exame de outras áreas curriculares que, como é óbvio, também são escritos utilizando a "nossa língua" e adaptados a alunos que a dominam minimamente. De qualquer forma, pensei eu ingenuamente, que esse dito exame para alunos estrangeiros apresentasse uma linguagem mais acessível mas, do mesmo modo, avaliasse as competências essenciais exigidas a todos no final do terceiro ciclo do ensino básico. Pelos vistos não! Não avalia nada do que foi tratado no terceiro ciclo, avalia, quanto muito, coisas básicas ao nível do primeiro (?) ciclo. Pior foi saber que o exame utilizado para os alunos do nono ano foi exactamente igual ao utilizado para os alunos nas mesmas condições (com Língua Portuguesa não materna)do décimo segundo ano. Não me parece correcto que um aluno estrangeiro tenha mais facilidade em entrar na faculdade do que um aluno Português, pelo simples facto de não lhes ter sido questionado nada para além do básico. Desconheço a realidade nos outros países mas tenho muitas dúvidas que se fosse um Português viver para a Inglaterra ou para outro qualquer país, tivesse o mesmo tipo de facilidades que os estrangeiros têm em Portugal. A aluna, que não respondia a nada do que lhe era perguntado nas aulas, limitando-se a dizer, em Inglês, que não percebia, neste exame teve quase tudo certo e, muito provavelmente irá ter um nível quatro, equivalente a um nível quatro de um outro aluno, Português, que teve de demonstrar conhecimentos ao nível dos conteúdos do terceiro ciclo.

BLP0052217_Veer  AYP1306744_Veer

Com exames destes, não percebo quando o ministério da educação diz que os exames nacionais são instrumentos de avaliação sumativa que se enquadram num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos.

Não se pense que eu não sou a favor de exames nacionais. Não só sou a favor, como até acho que não deveriam ser unicamente obrigatórios nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática. Considero que os exames acabam por ser o único meio (ou o mais importante) para regular as práticas educativas permitindo, por outro lado, uma melhor uniformização a nível de exigências entre escolas e/ou professores.

Posto isto, e uma vez que estou morto de sono por ter acordado de madrugada para vigiar os exames, vou dormir (para a praia).

BEIJOS E ABRAÇOS

domingo, 15 de junho de 2008

IRRESPONSABILIDADE/SORTE

 SSI0021345_Veer

Pois que já suspeito que a Ana tenha razão. Não se poderá chamar sorte unicamente, deverá chamar-se irresponsabilidade. Mas irresponsabilidade, acompanhada de sorte.

Hoje não fui vender para a feira porque os meninos não quiseram, mas resolvi ir fazer uma visita às minhas colegas de negócio. Aproveitei e comprei uma caixa para os óculos escuros e quatro pincéis. Depois andei por lá junto da banquinha delas, fui beber uma cerveja e resolvi ir-me embora. Quando cheguei com os miúdos ao carro dei conta que não tinha as chaves do carro.

TINHA-AS PERDIDO!!!

Julguei que as tivesse deixado na banquinha delas, pois entretanto também tinha reparado que tinha perdido a caixa dos óculos e os pincéis, mas não. Estas coisas tinham ficado lá mas. o mais importante, as chaves do carro, nada! Entretanto já estavam a arrumar as coisas e o meu receio era que tivessem achado as chaves e que depois se fossem embora. Resumindo, fui ter com o senhor que me vendeu a caixa para os óculos, já se tinha ido embora mas o vizinho do lado tinha visto que ele tinha encontrado as chaves e entregue aos polícias que estavam à entrada da feira. Fui buscá-las e, mais uma vez, o assunto ficou resolvido.

Eu não sei se estou pior do que era, mas tenho ideia de toda a vida carregar nas costas este problemazinho de perder as coisas todas. Eu acho que a situação se agravou de há uns 5 ou 6 anos a esta parte quando comecei a usar uma pasta para as coisas da escola. Até lá andava com a carteira no bolso detrás das calças e com as chaves no bolso da frente. Desde que comecei a usar a pasta, comecei a meter estes artigos na dita e a não colocar nada nos bolsos pois começou a fazer-me impressão. Ora, fora da escola ando então com as coisas na mão: carteira, chaves e telemóvel. De cada vez que paro para mexer no que quer que seja, deixo as coisas ao lado e depois é aqui que me acontecem estas desgraças. O pior é que eu estou sempre com a preocupação constante de não perder as coisas. Um segundo que seja que me saia isto da cabeça e é logo o suficiente para perdê-las.

BEIJOS E ABRAÇOS

sexta-feira, 13 de junho de 2008

SORTE

gastao

A MIM TUDO ME ACONTECE. HOJE FOI UM STRESS DO PIORIO.

De manhã fui para a escola e, quando lá chego, a Presidente do Conselho Executivo pediu-me para ir fazer a verificação dos níveis atribuídos na reunião, para que a pauta com a avaliação dos alunos fosse afixada. Tudo bem, disse eu! Fui à confusão da minha pasta buscar os registos de avaliação e não os tinha. Fiquei doente! Pensei que os tinha deixado em casa. Lá fui para o conselho executivo explicar que me tinha esquecido de trazer os registos e fez-se a verificação com a pauta e os registos biográficos. Passados dez minutos descobri que também me tinha esquecido da carteira em casa. Como isto já me aconteceu 1000 vezes, pedi que apontassem o dinheiro que estou a dever e comi a minha sandes mista da praxe. Depois que me lembrei eu??? Endinheirado como estava, fui avisar a Just me (desejoso que estava em fazer uma hiperligação e acabei de a fazer. Estou numa excitação que só visto! Sem contar que o termo hiperligação é giríssimo e que eu também acabei de o empregar) que, ao contrário de todos os dias, hoje iríamos almoçar fora e que seria ela a pagar o almoço. Lá fomos, tudo normal, ela pagou, voltei para a escola e dei conta de outro bem material de primeira necessidade que não vou dizer qual foi. Resolvi mais uma vez o problema, pois andei pedindo emprestado (ou seja, dado) o resto da tarde. À tarde, fui buscar os miúdos à escola, vim para casa e vou à procura da dita pasta esquecida. Nem pasta, nem carteira.

Fiquei em desespero!!!

Pensei, pensei e pensei e lembrei-me que, de manhã, tinha colocado a porra da pasta e da carteira em cima do tejadilho do carro e que me tinha posto a andar e as coisas teriam, eventualmente, caído pelo caminho. Saio a correr de casa e meto-me a espreitar por baixo de tudo quanto eram carros para ver se aquela porcaria ainda lá estaria caída. NADA!

Endoideci de vez...

Telefonei logo ao Carlos a explicar a tragédia sucedida e a perguntar se ele se lembrava onde eu tinha deixado o carro, pois ele tinha ido à boleia comigo hoje de manhã. Voltei a procurar e nada. Meti-me com os miúdos no carro e ia parando em tudo quanto eram cafés, lojas, imobiliárias que encontrava, pois aquilo poderia ter-me caído em qualquer sítio do trajecto de casa até ao ATL dos moços. NADA! Ninguém tinha lá entregue nada! Fui à PSP também perguntar e nada. Depois fui à GNR e também nada... Eu já estava numa

crise de nervos inimaginável.

O problema nem era a carteira com os documentos todos, queria lá saber disso, eram os documentos da escola. Com que cara eu chegava à escola e dizia que tinha perdido os registos de avaliação dos alunos e os planos de recuperação??? Ainda por cima com assinaturas dos Encarregados de Educação, avaliações de todos os professores do Conselho de Turma do ano inteiro. A minha irresponsabilidade em trazer documentos oficiais para casa e, como se isso não bastasse, perdê-los. Imaginava todos os diálogos possíveis entre mim e a Presidente da escola e com os restantes colegas. Jantei, deitei-me no sofá com a Maria em cima de mim e não me saía isto da cabeça. Depois pensava. Eu sou uma pessoa de sorte! Já me fartei de perder a carteira e outras coisas importantes que depois sempre aparecem. Depois pensava... A carteira ainda poderá aparecer, mas e as coisas da escola? Não digo nada a ninguém amanhã para dar tempo até as coisas aparecerem? E se encontram as coisas e telefonam para a escola a dizer e eu sem ter informado ninguém do sucedido? Em

desespero total

quando ouço o toque da campainha.

gastao5

 gastao3 

Fui logo numa correria a pensar que era alguém com tuuuuuuuuuuudo o que tinha perdido. E não é que era??? :):):):) Era o meu vizinho do lado a dizer que tinha achado e guardado tudo. Saíu-me um peso de cima.................  Desta vez é que estava mesmo tramado (termo cafona que eu não costumo utilizar, não se pense (!!), costumo empregar um mais expressivo que hoje não estou na disposição de utilizar).

BEIJOS E ABRAÇOS

 

terça-feira, 10 de junho de 2008

AS MINHAS NOITES


3 DA MANHÃ:

- Papá, posso dormir contigo?
- Não!
- Vá lá, só hoje.
- Maria, tu tens a tua cama e cada um dorme na sua cama.
- Só hoje...
- Não!!
- Já viste? Vim toda carregada para a tua cama com a minha almofada e com a almofada pequenina e agora tenho que voltar para a minha, carregada com tudo outra vez...
- Só hoje. Vem lá dormir com o papá.


4 DA MANHÃ:

- Posso ir para a tua cama, papá?
- Não, tu tens a tua cama Gongom.
- Mas eu quero dormir na tua...
- Não podes, vai para a tua cama!
- Mas a Maria está aí...
- Por isso mesmo, não cabemos todos.
- Ela pode ir, se sou eu a pedir nunca posso...
- Pronto, vem lá dormir com o papá.

BEIJOS E ABRAÇOS

sábado, 7 de junho de 2008

Os fins-de-semana são sempre assim.
Eu a querer que os miúdos façam os trabalhos de casa e eles a inventarem mil e uma desculpas para adiar. O jogo está quase a acabar, o programa da TV também...
Quando finalmente começam a fazê-los, começa outro PROBLEMA. Que não sabem fazer, que precisam de ajuda... E eu com o almoço para fazer e a casa para arrumar. Quando chego ao pé deles para os ajudar estão a brincar, uma vez que não sabiam fazer e eu nunca mais chegava. Não se pode perder tempo sem brincar. Quando chego, nem sequer têm lido o que tinham para fazer. Fico FURIOSO, peço para lerem, vejo como vão responder e volto a sair enquanto escrevem. Cinco minutos depois volto a ouvir: "Papá preciso de ajuda!!!". Tudo outra vez!
Às vezes conseguem levar horas a fazê-los, sem pressa nenhuma e eu farto de estar em casa.
Não acho que deva estar sentado ao lado deles enquanto os fazem. Não acho (embora o faça) que os deva corrigir e pedir para voltarem a fazer quando têm as coisas mal feitas.

BEIJOS E ABRAÇOS

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ÚLTIMO DIA


HOJE FOI O MEU ÚLTIMO DIA DE AULAS.
Claro que ainda não estou de férias, tenho reuniões, substituições e mais um monte de outras coisas até meados de Julho (na melhor das hipóteses).

Ao mesmo tempo que estou sempre desejoso que este dia chegue porque marca uma diminuição da carga de trabalho depois, quando chega, fico sempre com pena de ter sido tão RÁPIDO.

Já tenho estas turmas há 3 anos. Tão diferentes os miúdos há 3 anos. A minha Direcção de Turma metia-me a cabeça em água. Do piorio aqueles moços. Não havia dia em que eu chegasse à escola e que não recebesse participações de mau comportamento. Até ao meio do segundo período já tinha tido nove reuniões de Conselho Disciplinar. Tudo eles arranjavam. Tão infantis que eles eram: "Professor é só para avisar que aquele menino me chamou um nome malcriado", " Posso escrever o sumário a vermelho ou tem que ser a azul?". No dia da eleição do delegado de turma, uma delas até chorou porque não tinha sido eleita, apesar de ter feito uma campanha eleitoral enorme para que os colegas votassem nela. Desde um deles ter apanhado uma bebedeira antes de uma aula e sair a meio da dita directo para o hospital (quase em coma alcoólico), até um grupo de meninas roubarem uma palete de Ice Tea de uns fornecedores e, depois, distribuírem gratuitamente pelos restantes colegas da escola na esperança de não serem descobertas, de tudo eles aprontaram...

Não havia dia da semana que aquele livro de ponto não tivesse CARREGADO de faltas. Logo no sétimo ano tive alguns a reprovarem por falta de assiduidade e, no fim, metade ficou no sétimo.


Entretanto eles cresceram (eram todos mais baixos do que eu, hoje são quase todos mais altos) e a nossa relação modificou-se. Criou-se entre nós uma relação de cumplicidade e respeito mútuo que só se consegue com o tempo. Claro que a relação professor-aluno mantém-se e a necessária distância entre nós também, mas a confiança já é muita e a distância muito pouca. Já há muito que sabem quando estou na brincadeira a falar mal deles ou a sério a falar mal deles. Já falamos da nossa vida privada naturalmente como se fizéssemos todos parte do mesmo grupo.

Foi giro no meu dia de anos, ao chegar ao portão da escola ter os miúdos à minha espera a cantarem-me os parabéns ou a fazerem-no no polivalente dos alunos no intervalo das 10h com aquilo cheio de gente. Ontem, na aula com a minha Direcção de Turma, estávamos todos tristes porque era a nossa última aula. Uma até chorou ao dizer que ia ter saudades minhas. Isto depois de me entregarem o dinheiro para substituição do banco que partiram anteontem. Mandaram-se seis para cima do banco e este partiu-se... :) Foi giro.

Há cinco minutos tive um aluno no MSN a pedir-me que fosse eu a fazer-lhe a vigilância dos exames de Língua Portuguesa e Matemática porque tem tido crises de pânico nestas duas últimas semanas motivadas pelo receio de reprovar. Esta semana falei imenso com o miúdo, pais e hoje, finalmente, consegui que fosse ouvido pela psicóloga. Está mais calmo, mas diz que só se sente calmo mesmo se eu estiver por perto no dia dos exames.

Claro que eles no próximo ano voltam sempre para "matar" saudades, mas é sempre diferente. Parece que estou noutra realidade e que a confiança que existia já não é a mesma. Às vezes nem me lembro do nome deles todos :( É mesmo assim...
Estar a trabalhar na escola sem a confusão e o barulho dos miúdos é esquisito e não gosto. Prefiro a CONFUSÃO por eles causada.


BEIJOS E ABRAÇOS

terça-feira, 3 de junho de 2008

HISTÓRIAS

UM DIA TINHAS-ME PROMETIDO FAZÊ-LO
AINDA BEM QUE O FIZESTE
AMEI, TU SABES DISSO

OBRIGADO, MARIA
BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSS