Esta semana tenho saído todas as noites. Hoje resolvi ir, imagine-se, à feira medieval da Mexilhoeira da Carregação. Sim, também esta terriola tem feira medieval. E não é que até estava a gostar daquilo? É só uma ruazinha, com umas banquinhas com coisas a vender sem jeito nenhum, mas giro. Não era daquelas feiras medievais iguais a todas. Comprei um copo de sangria, que me soube pela vida, encontrei a veterinária das minhas gatas que veio saber como é que elas estavam (simpática) e resolvi dirigir-me a uma banquinha que vendia uns bolinhos. Mesmo à saída da feira. Mais 10 minutos e não tinha acontecido nada. Enquanto esperava que fosse atendido, olho para o lado e vejo uma gaja que me parecia conhecer de algum lado. Ainda pensei tratar-se de outra parecida quando de repente reconheci bem quem era. Fiquei morto. Fingi que não a conheci, que não estava nem aí, embora tivéssemos olhado um para o outro olhos nos olhos. Ela incomodada acabou por sair dali e foi ter com outras que estavam com ela para que fossem embora. E foram. E quem era? Uma fulana que teve a cara de pau de me dar um fora há uns tempos atrás. De cada vez que falávamos eu percebia claramente que ela não tinha nada a ver comigo, toda queque, toda cheia de não me toques, toda certinha e eu todo o oposto. Um belo dia resolve dizer-me isso mesmo. Por sms e sem voltar a atender-me o telemóvel. Que nós já não tínhamos assunto (e não tínhamos mesmo). Quando falávamos estava tudo certo, o pior era depois quando apareciam aqueles silêncios constrangedores. O que me irritou nisto? É que normalmente sou eu que ponho os pontos finais, que faço o corte ou que arranjo maneira de o fazerem por mim (só um Às nesta última parte). Ora, desta vez o ressabiado fui eu. Não que me tivesse custado alguma coisa, pois eu próprio via que aquilo era tudo forçado, mas não gostei da atitude. Podia ter esperado que eu acabaria por tomá-la, mas apressou-se… E ainda por cima continuava gira.
Beijos e Abraços