segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Temos TUDO a ver.

O pormenor da palhinha no pacote de leite deu-me a certeza.

B. e A.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cortei-me ao fazer a barba hoje de manhã, tal era a pressa. Normal, não é? Como se sabe comigo a normalidade passa sempre um nadinha ao lado. O corte foi no nariz. Era sangue a pingar por todos os lados e eu a pensar como é que iria para a escola com um penso rápido ali metido. Acabei por meter um provisoriamente, enquanto estava ainda em casa, só para não me pingar sangue para o chão e para todo o lado. Quando saí, com todos os cuidados e mais alguns, retirei-o e aquilo parece que ficou resolvido. Mas não posso sequer fazer aquilo que me está a apetecer desde que saí de casa, que é mexer para confirmar se está seco. Aturo tudo.
B. e A.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Até há pouco tempo atrás achava que este blog me definia. Os meus amigos liam-no e reconheciam-me de imediato. Muitos até diziam que quando liam os posts era como se me estivessem a ouvir a falar. Claro que até eu próprio dizia que não era só isto que aqui estava escrito, que muitas das coisas que se passavam comigo não eram aqui descritas, que eu sempre tive a consciência de que estava a ser lido e por isso mesmo não escrevia com a ligeireza que poderia utilizar se se tratasse de uma escrita anónima, etc. Dizia e sabia isso tudo. Mas depois achava na mesma que as pessoas desconhecidas quando me liam acabavam por ter uma ideia de como eu era, pois achava eu que se percebia perfeitamente o meu estado de espírito em situações variadas, porque por vezes não escrevia só parvoíces e expunha-me sem me chatear com o facto de ser ou não ser lido (muito poucas) e porque muitas das minhas opiniões em relação a coisas do dia-a-dia estavam aqui escarrapachadas, para quem quisesse ler.
Há uns dias atrás uma amiga, também blogger, que não me conhece pessoalmente, dizia que me imaginava como o tio dela e até me perguntou se eu gesticulava muito enquanto falava. Respondi que sim, o que veio confirmar também as minhas parecenças com o tio. Nessa altura fiquei a pensar que ela não me conhece como julga e que de certeza também não terei nada a ver com o tio. Mas este tipo de pensamento é igual em todos nós quando quando lemos um blog. Quando não há a cara para o humanizar, associamos de imediato a escrita a uma pessoa qualquer que conhecemos e que diria ou faria exactamente aquilo que está ali escrito. Se a pessoa não tiver foto, mas apresentar uma descrição sua no meio de um post, nós arranjamos maneira de reorganizar o pensamento e rapidamente a passamos a associá-la a outra, que na nossa cabeça será igualzinha. No meu caso a imagem não é problema porque fotos minhas existem aos montes por aqui, basta procurar. Deste modo torna-se ainda mais fácil ficar-se com a ideia de como eu sou e com a estranha sensação que me conhecem perfeitamente.
Hoje não acho nada disto.
Hoje acho que a ideia que tenho dos autores anónimos cuja leitura sigo com alguma frequência não se aproxima minimamente da realidade. Já conheci alguns e não têm nada a ver com a ideia que tinha deles. Também tenho amigos bloggers e muitas vezes não os revejo na escrita. Do mesmo modo, hoje tenho a certeza que o meu blog não me define. Tenho aqui muitas coisas escritas que quando são lidas por pessoas que não me conhecem pessoalmente, facilmente me enquadram num estereótipo que não tem nada a ver comigo.
Beijos e Abraços

quarta-feira, 13 de outubro de 2010



(onde se lê duas, deverá ler-se cinco)
B. e A.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

101_0680

 

Parece mentira mas se estive mais do que 3 ou 4 vezes nos últimos 10 anos estendido ao comprido a apanhar sol no meu terraço, foi muito. E o bem que me soube ficar ali duas horas na torreira?

B. e A.

Quem olha para a foto parece que estava um dia cinzento de inverno. É o que dá eu nem reparar se a máquina está a tirar fotos a preto e branco ou a cores. Depois dá nisto.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Estou num dilema. Numa encruzilhada, para ser mais específico. Não sei o que fazer na minha vida. Vejo ou não vejo a “casa dos segredos”? Pois aquilo é um programa deprimente, sem qualidade, que quem vê devia ter vergonha de dizer que vê, pois que eu sei isso tudo. Mas a verdade é que via o Big Brother e adorava. Partindo deste princípio, iria adorar também este. Até aqui tudo certo, tudo a bater bem, parecem não restar dúvidas, não se percebe o dilema. É ver, assumir que se vê e a partir daí não perder nada. Se for caso disso até aprender a gravar com a box da tv cabo não vá por algum motivo estar impedido devido a qualquer coisa inadiável, que eu nem estou a ver bem qual, mas que pode eventualmente acontecer. Mas a verdade é que não é bem assim. A ideia de ficar preso ao que quer que seja na televisão deixa-me doido. E antes não era assim. Não vejo um programa que seja, não sei sequer o que tratam as séries que toda a gente diz que vê no Fox ou no raio-que-os-parta pois nem sei se a televisão está sintonizada aí. Sei que tenho Sic, TVI, Panda, Disney Channel  e mais uns poucos que não faço ideia que tipo de programação têm. Agora enquanto estava aqui a escrever o post é que me lembrei que até estava a seguir uma novela porque tinha decidido obrigar-me a acompanhar o que quer que fosse. Pelos vistos já não sigo, estou a pensar que não me lembro de ver um episódio desde há mais de um mês. Esqueci-me. Mas era giro, voltar a ver estas coisas bregas. Pois era.

Beijos e Abraços

domingo, 3 de outubro de 2010

Qual é a minha PALAVRA?

Esta noite fui ao cinema ver um filme sobre o qual não tinha nenhuma referência a não ser que se relacionava com uma viagem que durava um ano entre Itália, Índia e Indonésia, que era com a Julia Roberts e o Javier Bardem e que devia ser um romance qualquer. E não foi mesmo só isto. Acho que foi um dos filmes da minha vida. Não me lembro de me ter identificado tanto com o conteúdo de outro filme como neste, de ler as legendas e ficar com vontade de pará-lo para pensar, de me apetecer decorar frases, de muitas vezes reconhecer-me na procura daquele tipo de coisas. Refiro-me, por exemplo, ao meu equilíbrio. À vontade permanente de o encontrar, e ao pavor de o perder.

Às tantas as personagens falam acerca das palavras que eles são. Aquela que as define, com a qual se identificam ou, simplesmente, a que lhes corresponde. Muitas pessoas associam-me à palavra “pai”, acham ser essa a minha palavra. Eu sei que não é essa. Ainda não sei qual é.

Acima de tudo o filme deu-me a sensação de conforto. A sensação de não ser eu o único com aquelas loucuras. Deu-me esperança.

Beijos e Abraços