segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


Ontem passei a manhã toda sozinho na praia a ler. Adoro não ter de falar com ninguém, ler o que me apetece e quando me apetece e ficar a alternar entre o papo para o ar e as costas para o ar. Depois vim almoçar quando quis. Gosto disto.
B. e A.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Se já antes eu já vivia como se estivesse numa crise profunda para depois poder arranjar dinheiro para as coisas que queria mesmo-mesmo-mesmo, agora então nem se fala. Levo os dias a pensar em como posso gastar menos dinheiro para depois poder poupar ao fim do mês o que quer que seja. Até ao momento a coisa não tem resultado porque surgem sempre imprevistos. São imprevistos a perder de vista.

Depois de muito pensar decidi que não ia aderir à parceria entre a EDP e o Continente, dando-me ao luxo de desperdiçar o vale de 10% em cartão todos os meses. Optei por aderir à tarifa bi-horária. Antigamente pagava-se mais de potencia por ter este tarifário, agora não. Depois foi o decidir entre os dois pacotes disponíveis, o diário e o semanal. Pensei também tempos sem fim e resolvi aderir ao diário. Electricidade a metade do preço entre as 10 da noite e as 8 da madrugada. E pronto, cá em casa desde o dia em que vieram mudar o contador, tudo se passa dentro desse horário. Nunca mais se fez uma máquina de roupa ou de loiça durante o dia. Sempre de noite ou, já cheguei a fazer, antes das 7 da manhã para estar despachada antes das 8. Depois dessa hora já se sabe que é um balúrdio. Entretanto com isto acabei por dar uso à programação antecipada das máquinas, coisa que nem sabia fazer porque não fazia sentido. Passar a ferro, idem. Aspirar a casa é que se faz durante o dia, numa corrida, porque é caro.

Quase dia sim, dia sim, observo o contador e controlo os gastos. Outra decisão foi acabar de uma vez com a "conta certa". A partir de agora, todos os dias 8 de cada mês dou a contagem do consumo mensal. De outra forma não conseguiria perceber se este tarifário me compensava e não conseguiria controlar o que tinha motivado um gasto maior ou uma poupança.

E pronto, distraio-me com estas coisas. Depois, num impulso, consigo gastar e deitar por terra todo um mês de poupança ao adquirir uma merda super supérflua. A seguir encho-me de remorsos, claro.

B. e A.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


Pronto, tudo correu pelo melhor. Vamos lá ver quanto tempo dura. Pelo sim, pelo não, tenho evitado submetê-lo ao ambiente subaquático.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O meu aspirador avariou há 2 semanas. Não me ralei muito porque eu próprio o tenho arranjado com um ou dois murros em cima. Se não arranca ao primeiro, ao segundo murro, subitamente, volta à acção. Hoje resolvi voltar à carga e aquilo não foi lá com murros. Resolvi inovar e abri-lo. Foi uma odisseia, mas lá o consegui encontrar todos os parafusos. Estava cheio de pêlos das gatas no motor, tal como eu já esperava, porque eu há um ano atrás resolvi remover todos os filtros porque me parecia que a eficácia aumentava consideravelmente. Limpei e voltei a montar tudo. No fim, depois de tudo aparafusado, deparo-me com uma peça. Se sobrou era porque não fazia falta, pensei logo. Incrivelmente, pensei mal. Enquanto antes não aspirava mas fazia barulho, agora nem barulho faz.

Agora não sei o que fazer:

1. Vou para a net comprar um em 2ª mão e depois logo penso como o pago?

2. Vou comprar um dos bons em prestações sem juros e levo tempos sem fim com os nervos em franja a pensar que nunca mais acabo de o pagar?

3. Vou passar a varrer a casa e abdico de um aspirador?

4. Vou mandá-lo arranjar e perco a oportunidade de ter um aspirador novo?

5. Nenhuma das opções anteriores e tenho de pensar noutra.

B. e A.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012


Não tendo nada que fazer nas férias resolvi aventurar-me no Ebay. Nunca tinha ligado nenhuma àquilo e sempre achei que as compras eram muito duvidosas. Eu próprio só ponho à venda na net porcarias que apelido de "oportunidades únicas". Na minha pesquisa ao acaso encontrei esse relógio que está aí na imagem. Adoro relógios básicos, sem cronómetros e sem nada daquelas coisas que enchem os mostradores e que não servem para nada. Em Março ou Abril do ano passado já o tinha visto em Amesterdão e tinha adorado. De qualquer forma não morri de amores pelo preço e, além do mais, não tinha nem carteira, nem telemóvel, quanto mais algum cartão de crédito ou multibanco. Encontrava-me simplesmente na penúria, a dormir no aeroporto e sem dinheiro sequer para comprar uma sandes (eu sei que se diz sande, mas detesto não só dizer como detesto quem diz mas julgo que agora até já é correcto dizer sandes para o singular, mas adiante). Como nunca mais o vi, esqueci-me. Até à semana passada num leilão. Licitei de imediato e entusiasmei-me com aquilo do leilão de tal forma que acabei por ganhar o cabrão do leilão e torrei 80 euros naquilo. Bem sei que o relógio custa 240 euros cá em Portugal mas, tendo em conta a minha realidade actual, não pensei bem quando fiz a licitação. Entretanto estreei-me também no paypal, coisa que eu não achava que servisse para nada de jeito e que também estou fã. Claro que agora em vez de andar no facebook a olhar para o boneco, ando todas as noites enfiado no Ebay a procurar tudo o que me vem à cabeça. Vá lá que tudo o que tenho gostado são móveis que não posso comprar porque tenho a casa atafulhada e, para uma segurança acrescida, não enviam pelo correio para Portugal. O relógio, esse ainda não chegou, o homem que me vendeu disse que chegaria entre o dia 9 e o dia 13. Estou a aguardar ansiosamente e a rezar todas as noites para não ter de vir aqui para o blog informar V. Exas. que a compra não foi das melhores, que o vidro veio riscado, que é uma imitação dos chineses e coisas afins.

B. e A. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Noite de Passagem de Ano- Balanço

Pois que gostei.

Há anos que não seguia nada na televisão porque me desinteressava logo no primeiro episódio de cada vez que pensava preso aos seguintes. Desta vez, talvez também por saber que seria a Teresa Guilherme a apresentar, decidi-me a ver a casa dos segredos. De início não via os diários, via só as galas e as nomeações. Depois passei a papar tudo e a envolver-me com todos os residentes. A opinar acerca de todos, a gostar ou a detestar uns ou outros. E, novidade das novidades, a votar (online, é claro porque para gastar dinheiro num programa de televisão ainda falta muito). Até cheguei ao ponto de entrar online no chat na 2ª feira e fazer uma pergunta à Teresa, no dia seguinte à sua expulsão.
Ir à gala do final do programa foi ouro sobre azul. Ver de perto todos e verificar se as minhas opiniões acerca deles se mantinham. Melhor ainda foi ficar sentado precisamente ao lado da gorda da Fanny, para não perder pitada. Também tive a oportunidade de me ver com mais 20 kg de cada vez que me vi na televisão e não gostei. É uma motivação. De cada vez que quiser fazer dieta, basta lembrar-me de como fico em ponto gordo.

Ora bem, vamos lá então, um por um:
  1. Bruna: Vulgarona como desde o dia em que apareceu enfiada naquela bola de cristal a fazer gestos com a mão para que as pessoas ligassem para que entrasse na casa. Felizmente não entrou. No intervalo conseguiu estampar-se escada a baixo ficando de pernas para baixo em cima das pessoas da plateia. Infelizmente não tive oportunidade de ver. Estava como um louco atrás de uma bandeja com copos de champanhe que estavam a oferecer.
  2. Delphine: O horror em forma de gente, tal como o previsto. Não tenho mais nada a dizer porque nem reparei nela enquanto lá esteve dentro da casa.
  3. Nádia: Não percebi qual era o segredo dela. Era segredo? Bastava olhar para a cara dela e para aqueles dentes ainda mais tortos que os meus para adivinhar o segredo. Teve o topete de me pedir que me levantasse para subir lá para o lugarzinho dela. Olhei-a de lado, mas levantei-me.
  4. Filipe: Também nem dei por ele na casa. Nesta altura ainda nem via os diários. Aquele segredo também não lembrava ao diabo. Foi o que lhe veio à cabeça e pronto, colou e entrou. Lá estava ele com o ar de quem sabe tudo.
  5. Sónia: Para quem não se lembra, era a burra que se julgava muito inteligente. Tão inteligente que ao fim da segunda estratégia de jogo os portugueses já a tinham posto na rua. Por outro lado, comparando com um namorado, não é preciso muito para se conciencializar de que tinha um QI acima do baixo. Empata com a Bruna em termos de vulgaridade. Fico muito na dúvida em quem supera quem. Talvez esta seja um pedacinho mais.
  6. João F.: Nem tenho a certeza se este era mesmo o nome dele. Falou. Deve ter negociado com a namorada e esta concedeu-lhe a oportunidade de falar. Claro que deve ter ensaiado vezes sem conta os votos de bom ano. Ainda assim a namorada estava louca da vida a pensar na porrada que tinha de lhe dar em casa se ele se enganasse. Com medo, recitou tudo na perfeição.
  7. Pedro: Continuava com aquela cara de gorila. Sempre de boca aberta, claro, com ar de não perceber nada do que se passa à volta. Confirma-se o ar que já apresentava no confessionário. Faz-se a pergunta, ele está de boca aberta, depois insiste-se que era uma pergunta e depois ele lá balbucia qualquer coisa achando que está a dizer as melhores coisas. Gordo como tudo. Para ele a televisão não engorda.
  8. Teresa: Gira, claro. Vestido giro, claro. Magérrima, mas bem, claro. Se ganhasse eu teria gostado, claro. Estando mesmo atrás de mim, lá tive que olhar para trás cento e cinquenta vezes, claro.
  9. Carlos: Foi o primeiro que vi mal cheguei à porta. De fato de cetim branco. Nem sei o que dizer. A coisa mais convencida que se pode imaginar. Mania que diz tudo de forma acertada e só lhe saem bujardas da boca. A namorada já tinha chamado a minha atenção antes de saber quem era. O cabelo rapado de um lado e comprido de outro estava lindo. De cada vez que me lembro que ele ousou cortar o cabelo da Teresa...
  10. Cleide: Mais gira o vivo do que na televisão. Pena é de cada vez que aparece diz tudo assim meio que aos solavancos, como se estiver a ler textos na escola primária.
  11. Ricardo: Pois. Lá estava. Foi munido do ar de vítima, que não faz nada e que os outros só lhe inventam intrigas.
  12. Susana: Indescritível. Aliás, perfeitamente descritível. Sósia perfeita da Jessica Rabbit. As mamas não são exagero da televisão. O silicone do rabo também não. Gosto dela mas não a quero metida com o Marco. Aliás, nem ela quer o Marco para nada a não ser para o show off.
  13. Paulo: Roubou-me a garrafa de champanhe de 1,50€ que eu tinha comprado no Jumbo e que estava ao meu lado.  Não só se serviu como fez a gentileza de servir meio mundo. Isto até ter sido elucidado que se encontrava a  cometer um crime de furto. Tinha tanta maquilhagem que até fazia impressão. Enquanto esteve na casa eu até gostava dele. Agora já não.
  14. Daniela P.: É gira mesmo. Pediu-me que lhe enchesse o cabrão do copo com o meu champanhe. Lá enchi, meio a contragosto. De qualquer forma, não sei se foi de ontem, mas não a adorei por aí além. Gostei, só.
  15. Miguel: Lá deu uma demão nos cabelos para alourar tudo até à raiz de forma a parecer apenas semi-falso. Tive pena de não ter oportunidade de verificar, in loco, a cara de pose quando sabe que o estão a ver. Aquela que ele aplicava de imediato, com a boca ao lado e com a mania que estava com ar de galã. Isto porque dentro da casa só se apercebia que estava a ser visto quando se olhava ao espelho ou então quando se apresentava no confessionário a fingir que estava a amar a Bruna. Até esta já percebeu o Miguel e se conformou que ele não é para ela, nem para nenhuma...
  16. Fanny: Não é tãaaaaaaaaaaao gorda como aparenta na TV. Afinal não precisa de perder 25 kg, mas somente 10. Aplicava sempre aquele riso de cada vez que a câmara apontava para ela. Ainda que, 5 segundos antes, quando a Teresa Guilherme sugeria que o João estava interessado na Daniela P., estivesse com cara de enjoo e a dizer "Ai meu Deus, lá vem ela outra vez com isto". Defraudou as minhas expectativas. Estava absolutamente convicto que ela iria proferir as sábias declarações dela, do tipo: "bates forte cá dentro". Fechou-se em copas e lá tive de ser eu a dizer, volta e meia, para ver se ela ouvia e se recordava para depois repetir. Fez-se de surda. No entanto não parece tão irritante como era na casa. Fiquei com a leve impressão que com a pressa de sair de casa para a gala se enganou na roupa e levou a da mãe.
  17. Marco: Parece mais alto na TV. Até gostei do rapaz. É certo que gostava mais se ficasse com a Cátia que tem muito mais a ver com ele. Assim, só gostei. No fim do directo, numa entrevista, a Teresa Guilherme disse que tem a certeza que ele não vai ficar com a Susana e que vai ter com a Cátia. Pois muito bem, nessa altura logo gosto mais. Por agora é o que se arranja.
  18. João J.: Não consigo entender como aquele banana ficou em 4º lugar. Nem como chegou à final. Toda a gente descansada a pensar que ele logo seria despachado na próxima nomeação porque era sempre imperioso mandar o outro nomeado embora para não perder oportunidade. No fim somos confrontados com o gajo na final. De qualquer forma achei que estava melhor ao vivo do que na televisão.
  19. Daniela S.: Gosto dela desde sempre. Claro que não era para ganhar, mas obviamente que a queria na final. Teve sempre a inteligência de se manter longe das confusões, fingir que estava tudo bem quando só lhe apetecia desatar ao estalo à Fanny (eu teria adorado, mas pronto) e com isto ganhar o dinheiro para pagar as dívidas. No fim, não sei porquê, ninguém lhe perguntou de quanto eram as dívidas e em que ela gastou o dinheiro. Gostava de ter sabido. Só porque sim.
  20. Cátia: Para mim era a que devia ter ganho. A Cátia foi, juntamente com a Fanny, a protagonista do programa. Foi ela que mais audiências deu, a que mais divertiu nos directos e nos diários. A que sempre nomeou quem quis sem ligar ou ceder a pressões dos outros. Acho que foi o preconceito em relação à falta de cultura geral, já que de burra não tem nada. Até me faz lembrar aquela entrevista idiota aos alunos da faculdade que a Sábado fez e que a mim não me disse nada. Ou por outra, até disse, mas nada a ver com o que foi veiculado pelos blogs afora. A Cátia, já cá fora, mostrou não ter a mínima noção da popularidade que tinha. Daqui a uns anos, quando se falar desta casa dos segredos, será sempre ela a recordada, tal como foi o Zé Maria. Nunca o João M. que só ganhou por causa da Fanny. Sem ela, ele não tinha sido nada. Tive mesmo muita pena que não tivesse ganho. Acho que merecia mais do que qualquer um.
  21. João M.: Eu gosto do rapaz, não disse que não gostava. Gostei que tivesse chegado à final. Só acho que não merecia o primeiro lugar. Só isso.
 No fim, se julgam que me vim embora, estão redondamente enganados. Não saí de lá enquanto não ouvi as entrevistas todas e mais algumas. Ah, e tirei fotos de todos e mais alguns. LOL
B. e A