Se já antes eu já vivia como se estivesse numa crise profunda para depois poder arranjar dinheiro para as coisas que queria mesmo-mesmo-mesmo, agora então nem se fala. Levo os dias a pensar em como posso gastar menos dinheiro para depois poder poupar ao fim do mês o que quer que seja. Até ao momento a coisa não tem resultado porque surgem sempre imprevistos. São imprevistos a perder de vista.
Depois de muito pensar decidi que não ia aderir à parceria entre a EDP e o Continente, dando-me ao luxo de desperdiçar o vale de 10% em cartão todos os meses. Optei por aderir à tarifa bi-horária. Antigamente pagava-se mais de potencia por ter este tarifário, agora não. Depois foi o decidir entre os dois pacotes disponíveis, o diário e o semanal. Pensei também tempos sem fim e resolvi aderir ao diário. Electricidade a metade do preço entre as 10 da noite e as 8 da madrugada. E pronto, cá em casa desde o dia em que vieram mudar o contador, tudo se passa dentro desse horário. Nunca mais se fez uma máquina de roupa ou de loiça durante o dia. Sempre de noite ou, já cheguei a fazer, antes das 7 da manhã para estar despachada antes das 8. Depois dessa hora já se sabe que é um balúrdio. Entretanto com isto acabei por dar uso à programação antecipada das máquinas, coisa que nem sabia fazer porque não fazia sentido. Passar a ferro, idem. Aspirar a casa é que se faz durante o dia, numa corrida, porque é caro.
Quase dia sim, dia sim, observo o contador e controlo os gastos. Outra decisão foi acabar de uma vez com a "conta certa". A partir de agora, todos os dias 8 de cada mês dou a contagem do consumo mensal. De outra forma não conseguiria perceber se este tarifário me compensava e não conseguiria controlar o que tinha motivado um gasto maior ou uma poupança.
E pronto, distraio-me com estas coisas. Depois, num impulso, consigo gastar e deitar por terra todo um mês de poupança ao adquirir uma merda super supérflua. A seguir encho-me de remorsos, claro.
B. e A.